A salvação (da forma que a Bíblia ensina) não é por meio de religião alguma. É um erro pensar tal coisa. A salvação nos é oferecida por Jesus Cristo. Ele morreu na cruz em nosso lugar (Rm 5:8), obtendo ali os méritos da salvação. Ele nos oferece esta salvação por meio da fé. Segundo a autora Laurence A. Justice, fonte:www.palavraprudente.com.br “a escolha para a salvação, é você crê no Evangelho e recebe, pela fé, o dom gratuito de Deus que é a salvação ou crê nas tradições da igreja Católica de que a salvação de ser recebida como recompensa a boas obras.” A simplicidade das escrituras está em completo contraste com a complexa resposta de Roma para a questão: O que devo fazer para ser salvo? A palavra de Deus responde a essa questão em Atos 16:31 “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo!”. Deus, porém fez tudo para dar-nos novamente a vida, a vida verdadeiramente e eterna. A este mundo dominado pela morte Ele enviou seu único Filho, que é a própria Vida, somente Nele nossa vida passa a ter sentido. E somente através Dele recebemos a vida a vida que vai além dos poucos anos aqui na terra: a vida eterna! Portanto, o que interessa é que creiamos. Não importa, em primeiro lugar, entender, compreender logicamente, conseguir definir ou explicar o propósito de Deus. Não, Jesus simplesmente faz a pergunta “Crês isto?” Todo o resto vem depois.
No Hare Krishna, aqueles que estão livres da ira e de todos os desejos materiais, que são auto realizados, autodisciplinados, e empreendem um constante esforço em busca da perfeição, têm garantidos a liberação no Supremo (salvação/vida eterna) num futuro muito próximo. O destino Supremo, aquele lugar do qual jamais se retorna após alcança-lo “esta é Minha morada Suprema”, a morada Suprema da personalidade de Deus, Krishna, é descrita como o lugar onde todos os desejos são satisfeitos. Nessa morada Suprema, não há mudanças; tudo é eterno, imperecível e pleno de conhecimento. Esta morada Suprema não é iluminada pelo Sol ou pela Lua, aqueles que alcançam jamais retornam a este mundo material. No mundo espiritual não existe fenômeno de criação, no céu Espiritual não há necessidade do brilho do sol, do luar, de fogo, porque todos os planetas são luminosos, no reino espiritual não há necessidade de Sol ou Lua, porque lá existe a refulgência do Senhor Supremo. Enquanto esta neste mundo material escuro, o ser vivo leva uma vida condicionada, mas logo que alcança o céu Espiritual, ele se libera. Então, não há possibilidade de ele voltar para cá. Em sua vida condicionada, o ser vivo se considera o dono deste mundo material, mas em seu estado liberado ele ingressa no reino Espiritual e se torna um associado do Senhor Supremo, lá ele desfruta da vida eterna e conhecimento.
Necessidade
No livro do CiC (catecismo da igreja católica), a fé é um dom gratuito que Deus concede ao homem, para viver, crescer e perseverar com a Palavra de Deus. Com base nessas palavras, a fé é a virtude que nos traz paz de espírito, é companheira inseparável quando passamos por algum sofrimento ou atribulação em nossa vida. É na fé que aprendemos a bendizer Deus, é nela que nos fortalecemos para sairmos de situações, muitas vezes aflitas, se a fé estiver presente, aceitamos os problemas como provas necessárias a fim de que possamos atender dignamente aos desígnios de Deus.
Necessitamos sempre da misericórdia divina, que sempre esta lá por nós não só em momentos críticos, mas também nos bons momentos, é necessário que aprendamos a cultivá-la em nosso íntimo, manifestando através da vontade de Deus, uma fé verdadeira e forte. Para que a fé consiga brotar mesmo que só pouco, é preciso combater as forças negativas do desânimo, do pessimismo e da indiferença. Quando conseguirmos alterar, por menor que seja a transformação, o nosso campo íntimo, a fé viva começará a se desenvolver através do fortalecimento de nossa vontade, pois não mais estará sujeita aos estados de desânimo e de descrença, quando nos deparamos por dificuldades na vida. Segundo as palavras de Santo Agostinho, “Aquele que crê é forte pelo remédio da fé, e que aquele que duvida um segundo da sua eficácia, é logo punido, porque experimenta no mesmo instante as pungentes angústias da aflição." Contudo a necessidade da fé nos mostra o valor das coisas na vida.
No livro Bhagavad Gita a fé, a final de contas, indica uma crença inquestionável, para estar certos sobre essa conclusão, deve ser sábio baseá-las apenas no que podemos observar, medir e verificar através de uma percepção sensorial. Além disso, mesmo a este nível, somos forçados a admitir a necessidade na crença, ou para deixar as coisas mais claras, na fé. Como pessoas inquisitivas, buscamos descobrir mais sobre nós mesmos e sobre o mundo ao nosso redor. Nossa decisão de aceitar as percepções de nossos sentidos como evidências é, em si, uma necessidade, uma forma de fé. Dessa forma a necessidade nos força a expandir as bases de nossa “busca pela natureza das coisas” para englobar certos elementos que estão além de nossa percepção sensorial. Agora, naturalmente, ficamos com menos certezas porque nos é pedido que tenhamos fé não apenas em nossa percepção, mas que também ouçamos e acreditemos em evidências fornecidas em um todo, no universo.
A Inteligência e a Fé
Com o estudo e leitura do livro CIC
(Catecismo da Igreja Católica), podemos entender que a crença independe de
provas à luz da razão natural humana, cremos pela autoridade de Deus que revela
sem enganos. Contudo, Deus quis que a nossa fé se sustentasse também em provas
exteriores para se unir a razão como, por exemplo, as profecias, os milagres,
sinais de revelação adaptados a inteligência de todos, mostrando que não é um
movimento cego de nosso espírito. A fé é certa, mais do qualquer outra coisa,
pois se funda na palavra verdadeira de Deus e essa certeza pela luz divina é
maior do que a dada pela luz da razão natural. A necessidade do homem de
compreender e conhecer melhor Aquele em quem pôs sua fé, para torna-la maior,
mais ardente de amor. A fé abre os olhos do coração para uma compreensão viva
dos conteúdos da Revelação. Segundo Santo Agostinho, "eu creio para melhor
compreender e compreendo para melhor crer." A fé e a ciência devem andar
sempre juntas, uma vez que o mesmo Deus que revela os mistérios deu a luz da
razão ao espirito humano.